Deputada federal Flávia Morais luta pela aprovação do Projeto de Lei 2952/22 que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)

Os Números

Os números são alarmantes, são mais de 700 mil casos de câncer por ano, desses mais 360 mil casos são em mulheres, só em Goiás são mais 25 mil casos novos todos os anos, com mais de 225 mil mortes registradas em todo o país.

A deputada Flávia Morais é autora da Lei dos 60 dias que obriga o SUS (Sistema Único de Saúde) fornecer tratamento á pessoa que foi diagnosticada com câncer e entende a importância do PL 2952/22.

“Quando pensamos nos números, ficamos assustados são mais de 700 mil casos de câncer por ano, mais da metade registrados em mulheres, não podemos esperar mais, vidas precisam ser salvas!” Pontuou a deputada Flávia Morais, ao falar sobre o número de pessoas que precisam de cuidado integral dentro da nova política contra o câncer. “Com o PL 2952/22 temos a oportunidade de garantir ao paciente uma política pública completa em toda a jornada. Nesse sentido estamos pensando em prevenção, rastreamento, detecção precoce, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos.” Disse a parlamentar.

Projeto de Lei 2952/22

O Projeto de Lei 2952/22 institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Fica instituída a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, que tem como objetivos principais:

1.  Diminuir a incidência dos diversos tipos de câncer;
2.  Garantir o acesso adequado ao cuidado integral;
3.  Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos usuários diagnosticados com câncer;
4.  Reduzir a mortalidade e a incapacidade causadas por esta doença.

Princípios e Diretrizes

1. Organização das redes de atençãoespecializadas, regionalizadas e descentralizadas, respeitando os critérios de acesso, escala escopo e cumprindo os PCDT’s e DDT’s.
2. Atendimento multiprofissional a todos os pacientes com câncer, com oferta de cuidado compatível a cada nível de atenção e evolução da doença.
3. Monitoramento e avaliação do desempenho e resultado das ações e serviços prestados nos diversos níveis de atenção à saúde.
4. Humanização do atendimento para garantir apoio psicológico incorporação de novas tecnologias diagnosticas e terapêuticas menos evasivas.

CÂNCERES MAIS FATAIS EM 2020*

*Obs: Números de 2020

O câncer de Cólo de Útero pode ser evitado com a vacinação contra o Vírus HPV e esse tipo de câncer pode ser erradicado do Brasil.

Fatores de Risco

1. Tabagismo – Considerado a principal causa da morte, evitável e responsável por alguns tipos de câncer, em especial o de pulmão.
2. Radiação solar – O câncer de pele é o mais frequente no país.
3. Alimentação não saudável – Muitos alimentos são associados ao processo de desenvolvimento do câncer.
4. Sedentarismo – eleva o risco de doenças crônicas.
5. Agentes Infecciosos – Infecções por alguns tipos de vírus elevam o risco.
6. Fatores ocupacionais – O Câncer ocupacional surge da exposição por muitos anos a agentes carcinogênicos.
7. Consumo de Álcool – O consumo de álcool está associado ao desenvolvimento de vários tipos de câncer.
8. Imunização – A não imunização eleva o risco de câncer.

Diagnóstico Precoce

É imprescindível a detecção precoce do câncer por meio de rastreamento e diagnostico precoce, garantindo a confirmação diagnóstica, dentro do prazo máximo de 30 dias. Implementar a busca ativa na atenção primária para captação de pessoas elegíveis para o rastreamento.

A detecção precoce do câncer se aplica em duas estratégias:

1. Rastreamento: Visa encontrar o paciente com câncer pré-clínico, por meio de exames de rotina com população-alvos, ainda sem sinais e sintomas.
2. Diagnóstico Precoce: Visa à detecção do câncer ainda em fase inicial, estágios primários que permitammaiores chances de sobrevida e cura do paciente.

Tratamento

O paciente em tratamento de câncer é encaminhado para os Centros de Atenção Especializada Ambulatorial, Atenção Especializada Hospitalar, Constituída por:

1. CACON (Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia).
2. UNACON (Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia).

Reabilitação

Não está prevista na Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no Brasil e advindo de uma necessidade cada vez mais aumentada, o Processo de Reabilitação, seja ela física, neurológica, visual, intelectual ou auditiva, oriunda de procedimentos de tratamento de câncer. Existe uma classificação:

1. Reabilitação – Preventiva Começa logo após o diagnóstico, podendo ser realizada antes ou imediatamente após a cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

• Reabilitação Restauradora – O objetivo é a recuperação máxima das funcionalidades que foram afetadas nos paciente em tratamento do câncer.

• Reabilitação de Suporte – O Objetivo é aumentar a capacidade de autocuidado, oferecer dispositivos de autoajuda e maneiras mais hábeis de fazer coisas.

• Reabilitação Paliativa – Possibilita ao paciente em fase terminal uma melhor qualidade de vida, seja física, psicológica e social respeitando seus desejos.

Podemos lado a lado lutar contra o câncer… É possível entender, prevenir, diagnosticar e tratar, é possível contribuir para essa causa.

Por Jeová Lopes.