Silvio Santos, um dos maiores nomes da televisão brasileira, faleceu neste sábado, 17 de agosto, aos 93 anos, em São Paulo. O empresário e apresentador estava internado desde o início do mês em decorrência de complicações de H1N1. A notícia foi confirmada pelo SBT, emissora que ele próprio fundou em 1981, através de suas redes sociais.
Nascido Senor Abravanel, no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1930, Silvio Santos construiu uma carreira impressionante que começou ainda na juventude, como camelô nas ruas cariocas. Sua habilidade em cativar o público logo o levou ao rádio e, posteriormente, à televisão, onde se tornaria uma das figuras mais icônicas da cultura brasileira.
Desde 1963, Silvio esteve à frente do “Programa Silvio Santos”, um show de variedades que conquistou o público com quadros inesquecíveis como “Domingo no Parque” e “Qual é a Música?”. Seu carisma e a capacidade de comandar o palco com bordões marcantes como “Quem quer dinheiro?” fizeram dele uma presença constante nos lares brasileiros por mais de seis décadas.
Além de apresentador, Silvio Santos foi um visionário no mundo dos negócios. Em 1981, ele fundou o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), que se tornou uma das maiores emissoras do país. A habilidade de Silvio em entender as preferências do público e sua constante inovação foram cruciais para o sucesso da emissora.
A saúde do apresentador começou a fragilizar-se nos últimos anos. Em 2018, Silvio vendeu o Banco Panamericano após a descoberta de um rombo financeiro bilionário. Mesmo assim, ele continuou ativo na TV, voltando a apresentar seu programa em 2021, após um breve afastamento devido à pandemia de Covid-19.
Silvio Santos deixa a esposa, Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978, e seis filhas: Daniela, Patrícia, Rebeca, Renata, Cíntia e Silvia. Seu legado, no entanto, transcende a família. Silvio Santos deixa um impacto profundo na cultura e na história da televisão brasileira, sendo lembrado por sua alegria, inovação e o jeito singular de se comunicar com o público.